quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Conhecimento sobe a raça Perdigueiro

PERDIGUEIRO PORTUGUES OU NACIONAL

O perdigueiro português, que também pode ser chamado de braco português, é uma raça antiga, de origens imprecisas, que habita a Península Ibérica, mais precisamente Portugal, desde o século XIV. Este era o cão caçador dos camponeses, pois caça bem no escuro, sem fazer barulho. Sua especialidade era a caça de subsistência do aldeão, que muitas vezes invadia as terras dos nobres para caçar à noite, acompanhados de seus perdigueiros. Como este tipo de caça desagradava a nobreza, o próprio rei D. Sebastião de Portugal chegou a proibir a criação destes perdigueiros pelos camponeses de seu reino.




Embora não se saiba exatamente qual a origem do perdigueiro português, acredita-se que esta seja uma das raças que deram origem aos demais pointers modernos. Graças às suas aptidões como caçador, tanto para localizar como para buscar a presa abatida, o perdigueiro português foi o preferido dos caçadores de Portugal por muitos séculos. Esta raça começou a perder espaço apenas no início do século XIX quando, sofrendo a concorrência de raças estrangeiras mais populares como os setters e o pointer inglês, foi sendo substituído como caçador e, como não havia ainda a criação organizada da raça, muitos exemplares acabaram por se misturar com as raças estrageiras o que tornou o perdigueiro português uma raça rara. Apenas no século XX é que criadores se dedicaram à recuperação e restauração da raça em Portugal.

Este cão é perserverante, ágil, atento e um grande farejador, desempenha muito bem as atividades de caça em qualquer tipo de terreno. Seu temperamento é dócil e sociável, muito apegado ao seu dono, é carinhoso com a família e manso com crianças, é um cão de companhia muito agradável. A raça é adaptável à vida na cidade e é também bastante inteligente e curiosa, mas como é um cão determinado pode ser um pouco teimoso, este cão possui um grande desejo de agradar seu dono o que pode facilitar o seu treinamento. Esta raça precisa de espaço e exercício. Seu pêlo deve ser escovado regularmente, pelo menos uma vez por semana, aumentando a frequência na época da muda. Os donos devem cuidar da higiene das orelhas para evitar otites.

ESTALÃO DO PERDIGUEIRO PORTUGUÊS

O Cão Perdigueiro vive disperso por todo o território metropolitano, encontrando­se mais numerosamente nas grandes aglomerações citadinas, em que é bastante elevada a existência de devotos de Santo Humberto, seus possuidores.

No que respeita à sua proveniência, ignorada como ainda hoje é a estirpe originária, seria temeridade afirmar duma maneira peremptória, como verdadeira, uma determinada origem, pois que não passaria duma hipotética asserção, visto tal certeza não se fundamentar em factos insofismáveis, por ausência da necessária comprovação. Possivelmente originário do Oriente, a existência do braco na Península Ibérica remonta a épocas bem longínquas e a sua presença em Portugal parece registrar-se, com certa verossimilhança, desde as últimas décadas do século XIV. Sendo assim, é crível que com o decorrer dos tempos e por influências de vária naturezas, algumas das modificações que se produziram no indivíduo originário, hoje se encontrem fixadas no cão actual, de forma a poder ser considerado o perdigueiro português ou braco nacional como um aborígene, constituindo, pelas suas características morfológicas, dinâmicas e psíquicas, uma raça autóctone, perfeitamente definida.

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